O Panama Papers foi um escândalo financeiro global que envolveu a divulgação de milhões de documentos confidenciais da empresa panamenha Mossack Fonseca, especializada na criação de empresas offshore. O vazamento desses documentos foi feito por um consórcio internacional de jornalistas de investigação, incluindo o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Os documentos vazados continham informações detalhadas sobre milhares de empresas offshore e seus beneficiários em todo o mundo, incluindo políticos, celebridades, empresários, membros da realeza, criminosos e outras pessoas poderosas. As empresas offshore são uma forma legal de planejamento tributário que permitem que indivíduos e empresas possam reduzir seus impostos e proteger seus ativos financeiros.

No entanto, muitas das empresas offshore identificadas nos documentos do Panama Papers foram utilizadas para atividades ilegais, como lavagem de dinheiro, evasão fiscal e corrupção. Alguns dos beneficiários dessas empresas estavam envolvidos em escândalos financeiros anteriores, enquanto outros eram indivíduos conhecidos por sua riqueza e influência.

O impacto do Panama Papers foi significativo em todo o mundo, levando à renúncia de alguns líderes políticos, investigações criminais em vários países e mudanças significativas na regulamentação financeira. O escândalo também aumentou a conscientização sobre a importância da transparência financeira e da luta contra a evasão fiscal e a corrupção.

Brasil

Na lista de clientes da Mossack Fonseca estão alguns políticos brasileiros pertencentes a vários partidos, entre eles o PMDB, o maior partido político do Brasil, o PSDB, PDT, PP, PDT, PSB, PTB e PSD.[44] Jornalistas holandeses do jornal diário, Trouw, demonstraram que a TV Globo foi mencionada "várias vezes" em uma investigação de lavagem de dinheiro do banco De Nederlandsche, que divulgou que a Globo, durante anos, fez muitas "transações financeiras irregulares" usando paraísos fiscais, supostamente com a finalidade de pagar os direitos de transmissão da Copa Libertadores.[45]
Os Panamá Papers revelaram também o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa[46] e que pelo menos 57 pessoas investigadas à Operação Lava Jato abriram mais de 100 empresas offshore.[47]

Escritórios brasileiros citados:


Referências

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